A hipocrisia das igrejas e o embuste religioso

"Sou evangélico, sou homossexual não praticante e infelizmente devo anunciar aos iludidos de plantão que o problema não possui solução. O gay continua sentindo atração por pessoas do mesmo sexo para sempre. Evangélico ou não, casado com mulher ou não, tendo 5 filhos ou não, continua sendo gay. Todos os ex-gays, especialmente os americanos que escrevem livros sobre o tema, continuam sentindo atração. Hoje vivo a minha homossexualidade tranquila, essa história de cura não existe, o que houve foi um condicionamento. Reprimi meus desejos. Não sentia prazer."
(anônimo)

Discriminação... Seja ela relacionada à política, religião ou sexo é sempre condenável perante a sociedade em que vivemos, quero que você considere que as linhas a seguir irão analisar um grande tabu da sociedade sob o ponto de vista de Deus, o homossexualismo.

Abandone por uns minutos a sua rejeição pelo assunto, não pare de ler, reserve um tempo com disposição para analisar cautelosamente o que a palavra de Deus nos diz. Não é pecado ter um filho alcoólatra, adúltero, estuprador ou homossexual. E a Bíblia também deixa claro que os pais não serão punidos pelos crimes dos filhos.

Os únicos homossexuais que conseguiram a “cura” são os que nunca foram. Há pessoas homossexuais que nunca praticaram um único ato homossexual, mas nem por causa disso deixaram de ser. São os eunucos por amor ao Reino de Deus. É uma pena que não haja liberdade para as pessoas dizerem quem são. As igrejas evangélicas do Brasil estão doentes.

Por unanimidade, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) condenou a psicóloga Rozângela Justino por tentar, por meio de terapia, converter gays e lésbicas para heterossexuais. A terapeuta, que há 20 anos trabalha em supostos tratamentos contra a homossexualidade, receberá uma censura pública por fazer consultas prometendo a “cura” e não pode continuar essa prática. O exercício da psicologia em outras situações, no entanto, está permitido. Um psicólogo não pode prometer a cura do homossexualismo. Ele pode ouvir as aflições de um homossexual ou de um heterossexual, mas em hipótese alguma pode prometer uma cura. Uma resolução do conselho de 22 de março de 1999 afirma que a homossexualidade “não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão”.

Congresso religioso quer "curar" homossexuais. Além de querer "dar esperança às pessoas", o foco do evento é ajudar "pessoas que de alguma forma foram afetadas pela homossexualidade e que desejam aprender mais sobre esse assunto". Segundo os organizadores, aqueles que "experimentam comportamento e/ou atrações homossexuais e possuem um sistema de valores em conflito com o comportamento homossexual e que desejam receber ajuda parar deixá-lo" também devem procurar o congresso.

Uma das palestras tem como tema "Quando alguém que você ama está envolvido na homossexualidade"; ou ainda "Raízes e prevenção da homossexualidade", "A igreja e a homossexualidade" e "Pornografia e masturbação". Será que neste tópico eles irão falar sobre os inúmeros escândalos envolvendo líderes religiosos? No mais, o restante das apresentações segue relacionando a homossexualidade com doença. Mas o embuste fica claro.

Ao ligar esses quatros temas no mesmo eixo de discussão, o congresso deseja reforçar a velha ideia propagada pelas religiões pentecostais e católica de que a legislação não reconhece os homossexuais, de que os LGBTs têm tendências pedófilas e que, com a aprovação do PLC 122 (que pretende criminalizar a homofobia), querem instituir uma "ditadura gay" no Brasil.

Os temas propostos acima citados, são de real importância para a discussão, se a eles tivessem agregados pareceres de técnicos e profissionais da Saúde, investigadores credíveis sem estarem associados a organizações evangélicas, para poderem enriquecer o painel, e para que as pessoas não ouvissem um só lado. Porque sabemos todos, e isso é um fato que ao longo da história da civilização e atualmente, as igrejas querem protagonismo e tem forte tendência para imporem as suas ideias aos crentes, como sendo as reais, e não exercerem o poder do raciocínio e o uso do intelecto para as suas ditas “verdades espirituais”, fazendo crer que todas as outras confissões estão cheias de erros.

Falar de homossexualidade é sem dúvida um tema candente e atual, assim como o é o enriquecimento que as ditas igreja de um modo geral, que à custa da pregação de Deus e outras invenções que nasceram ao longo dos tempos, que morreram no entanto, mas que surgiram com outros nomes, outras capas de embuste, com o objetivo de enganar os pobres e humildes.

Cristo quando veio à Terra veio na maior simplicidade, não inventou nem disse que os povos deveriam erguer igrejas com altares luxuosos, nem que os seus fiéis deveriam pagar qualquer tipo de dízimo, nem que os membros do Clero deveriam vestir hábitos de luxo. Tudo isto foi inventado pelo Homem ao longo dos tempos, ao sabor da sua esperteza de poder divino. A Igreja não tem qualquer tipo de autoridade para dizer a qualquer cidadão que ele vai deixar de ser gay.

Cremos que a homossexualidade é uma conduta aprendida, que foi influenciada por uma série de fatos: uma ruptura na vida familiar na infância, uma falta de amor incondicional da parte de algum dos pais, falta de identificação com o pai do mesmo sexo. Mais tarde estes problemas podem resultar em uma busca de amor e aceitação, inveja do mesmo sexo ou do sexo oposto, uma vida controlada por diferentes temores e sentimentos de isolamento. Parece que uma coisa está clara: a homossexualidade é causada por uma multidão de raízes. Seria simplista pensar em uma só causa: temor ao sexo oposto, incesto ou abuso sexual, mães dominadoras e pais ausentes e opressões demoníacas. Tudo isto pode ter parte nas causas da homossexualidade, porém, só um destes fatores externos na vida de uma pessoa, que são suas própria decisões, é que são importantes ao formar sua identidade homossexual, ainda que sejam poucos os que desejam admiti-lo.